sexta-feira, 20 de março de 2009

006

Tenho certeza antes de tudo
Não tenha dúvida depois do nada
Olha o vento lá fora

Sem rumo, sem rima
Me deixo ao léu do destino
Olha o vento aqui dentro

quarta-feira, 18 de março de 2009

005

Quanto tudo parece imaculado
Aparecem as manchas
Nada de mais
Do mesmo jeito que vieram, sumiram.

E novamente, me sinto intocável.
Revestido de forças incalculáveis.
Sem o engano, no entanto,
Que tudo assim seja infinito

segunda-feira, 16 de março de 2009

004

- Que passas?
- Vou bem. Tenho algo a dizer-te.
- Então dizes.
- Me parece bem concordar com você.
- Em relação a que?
- Aquilo que sustentaste.
- Hm. Pensaste bastante?
- Acho que sim.
- Se achas, não pensou. Mas mesmo assim, é isso que queres?
- Sim sim.
- Então, com base em que sentimentos fala isso?
- Com semelhantes ao seus.
- Meus sentimentos são incertos.
- Assim como os meus.

------------------------------------------------

- Sabes, não acredito em cobrança.
- Como assim?
- O objeto da cobrança é sabido e certo pelo devedor.
- E a mesma não serviria de ênfase?
- Então só atrapalharia. Traria pertubações.
- E se caso o devedor desconheça aquilo cobrado?
- Então de que vale a cobrança? O objeto se perdeu
- Hm.
- Se o devedor não reconhece, não existe obrigação. Como cobrar algo ignorado?
- É, talvez.
- Cobrança não serve de nada.

sábado, 7 de março de 2009

003

Já sentiu a liberdade
Passando pelos cabelos?

Já sentiu a felicidade
Entrando corpo adentro?

Já sentiu a tranquilidade?
Inalada junto com o oxigênio?

Já? E todos os dias?

002

Amor, estranho amor.
Saudade saliente.
Será tudo isso mesmo?
Ou são apenas murmúrios do poeta dormente?

Um espaço vazio
Às vezes nem um espaço é.



Seguidores